Muita gente sente um certo frio na barriga só de pensar em pedir feedback. E receber feedback, então? Às vezes, parece que a crítica pode abalar tudo aquilo em que acreditamos sobre nós mesmos. Mas será mesmo preciso ter medo disso? Será mesmo que pedir e receber feedback vai derrubar sua autoconfiança? Talvez não.
O caminho para crescer como profissional – e também como pessoa – passa pela forma como encaramos e buscamos orientações vindas do outro. Por isso, não dá para separar autoconfiança das conversas sinceras sobre desempenho e comportamento. Na Mentor de Gente, acreditamos que o autodesenvolvimento começa quando você escolhe ouvir, refletir e escolher novas rotas (ou reafirmar velhas certezas).
Por que pedir feedback é tão delicado?
Imagina aquela reunião em que você finalmente cria coragem para perguntar como está indo. “O que posso melhorar?”, “Você acha que esse projeto poderia ser diferente?” São perguntas aparentemente simples, mas que mexem fundo. E não é só você. Pesquisas mostram que até mesmo líderes experientes sentem dificuldade nessa hora porque expõem vulnerabilidades, receios e, sim, fragilidades.
Vulnerabilidade não é fraqueza.
Pelo contrário, só quem tem alguma segurança interna consegue se abrir a opiniões que podem não ser o que gostaria de ouvir. O medo do julgamento ou de ouvir uma crítica destrutiva (mesmo quando a intenção não é essa) é universal, segundo Eliane Pessoa, que destaca que ambientes seguros e abertos ajudam a transformar esse medo em aprendizado em seu artigo.
Como pedir feedback sem arriscar a autoconfiança
Não basta pedir feedback a qualquer um, de qualquer forma, em qualquer momento. Existe um jeito melhor. Algumas dicas podem tornar todo o processo menos “ameaçador”:
- Escolha pessoas confiáveis: Segundo Tasha Eurich, indivíduos autoconscientes geralmente têm um círculo restrito para pedir opiniões. Procure por pessoas que conhecem bem seu trabalho, que desejam seu crescimento e sabem comunicar de forma honesta e respeitosa conforme suas pesquisas.
- Faça perguntas claras: Não espere respostas mágicas para perguntas genéricas. Experimente perguntar: “Em qual ponto você acha que posso melhorar minha comunicação?”, ou “Você percebe algo que atrapalha o nosso trabalho juntos?” Assim, você direciona o feedback para o que realmente importa.
- Mostre abertura: Fale que busca esse retorno para crescer, sem se defender ou justificar logo de cara. A outra pessoa se sentirá mais confortável para ser sincera.
- Peça exemplos concretos: A Human Solutions Brasil recomenda que todo feedback – especialmente o positivo – seja específico, sem generalizações ou exageros, para realmente contribuir para o aprendizado conforme artigo publicado.
O jeito certo (e o jeito perigoso) de receber feedback
Você pediu. E agora, como ouvir sem deixar a autoestima em frangalhos?
- Ouça até o fim. Tente não interromper, nem rebater no impulso. A ideia é compreender primeiro, reagir depois.
- Separe o que é sobre você do que é sobre seu trabalho. O BetterUp sugere que separemos desempenho de identidade pessoal. Assim, críticas não impactam diretamente seu valor ou essência conforme artigo. Eu já fui daqueles que sentem no peito cada palavra de um feedback mais duro – mas, com o tempo, notei algo importante: quando percebo que não sou a crítica, ela pesa menos.
- Busque sentido no que ouviu. Pergunte por exemplos reais. Reflita depois: “Esse comentário faz sentido para mim?”, “Consigo lembrar de situações similares?”
- Registre os elogios também. Tem gente que ouve um elogio, pensa que é exagero, ou joga logo fora. Não faça isso. Se chegou um reconhecimento, aceite de verdade – isso turbina a autoconfiança.
Nem toda crítica é verdade absoluta.
Na Mentor de Gente, reforçamos sempre: feedback não é sentença final. Ele é um convite para ver o próprio caminho por outro ângulo. Talvez você discorde de parte do que ouviu. Tudo bem. O crescimento está justamente em filtrar, reter o que faz sentido, negociar o que não faz, e seguir adiante.
Como evitar que críticas minem sua confiança
Está tudo muito prático até aqui, mas na vida real, a cabeça pode sabotar tudo. Às vezes, um simples comentário negativo cai como uma bomba, não é? Eu entendo.
A PsicoSmart cita o exemplo de empresas que criam culturas onde o líder inicia conversas com elogios sinceros e perguntas abertas, oferecendo base para que o feedback, mesmo mais desafiador, não vire ataque ou descon Solo. Esse tipo de ambiente ajuda muito a construir confiança, tanto em quem recebe quanto em quem dá o retorno segundo texto publicado.
Agora, algumas atitudes pessoais podem blindar (ou pelo menos amenizar) as dores:
- Foque na intenção – não na forma. Pode ser que o feedback venha atravessado, mas a intenção, quase sempre, é ajudar (ou pelo menos, informar…).
- Evite rótulos internos. Alguém disse que você “precisa se organizar mais”? Isso não faz de você uma pessoa desorganizada eternamente. Reflita: “O que posso testar de diferente na próxima vez?”
- Use o feedback como dado, não como destino. Feedback é só uma opinião, de um ponto de vista específico – isso não define quem você é como pessoa.
Ao lidar com críticas, tente olhar para a situação com distanciamento. Se sentir que o impacto foi pesado, converse com alguém de confiança ou anote o que sentiu – às vezes, só isso já diminui o peso emocional.
Aprenda a usar o feedback a seu favor
O feedback pode ser a bússola que direciona possíveis melhorias, além de ser também oportunidade para reconhecer conquistas. O segredo está em adotar uma mentalidade de crescimento e enxergar tudo como oportunidade de aprendizado – ponto defendido em recomendações da BetterUp e que ecoa profundamente nos cursos da Mentor de Gente.
Pedir feedback é um ato de coragem. Receber, de sabedoria.
Seja qual for o estágio da sua carreira, buscar e receber feedback, sem deixar a autoconfiança pelo caminho, é uma habilidade que se constrói com treino, autoconhecimento e apoio. E esse é um dos motivos de existirmos: impulsionar mais pessoas a se reconhecerem, desenvolverem seu potencial e liderarem com confiança.
Conclusão
O ciclo de pedir e receber feedback, quando vivido sem autodefesa excessiva, pode fortalecer você mais do que imagina. Sim, às vezes dói. Sim, pode ser desconfortável. Mas é também um atalho para desbloquear pontos fortes, corrigir pequenas rotas e crescer – não só profissionalmente, mas na vida. Como você pode ver, a Mentor de Gente apoia aqueles que buscam crescer, equilibrando autoconfiança e humildade para ouvir. Que tal dar o próximo passo? Conheça mais sobre nossos cursos, trilhas e mentorias, e venha descobrir o líder que existe em você.
Perguntas frequentes
Como pedir feedback de forma construtiva?
Busque pessoas de confiança, seja claro sobre o que deseja saber, e formule perguntas diretas sobre pontos específicos do seu trabalho. Explique por que está pedindo feedback e peça exemplos concretos. O mais importante é demonstrar abertura genuína para ouvir, sem se justificar imediatamente.
Como lidar com críticas negativas?
Ouça com atenção e sem interromper. Separe o comentário sobre desempenho de quem você é como pessoa. Lembre-se de que uma crítica é apenas uma opinião valiosa, não um rótulo permanente. Caso a crítica pese demais, converse com colegas ou mentores e reflita sobre os pontos que fazem sentido para o seu contexto.
O feedback pode prejudicar minha autoconfiança?
Se não for bem recebido, sim, pode abalar a autoconfiança temporariamente. No entanto, com a mentalidade adequada e um ambiente seguro, o feedback pode fortalecer seu senso de crescimento. Filtre comentários, procure sentido real no que foi dito e siga seu caminho de desenvolvimento, como defendido pela Mentor de Gente.
Quais os benefícios de receber feedback?
Feedback bem recebido traz clareza sobre pontos fortes e oportunidades de melhora, abre espaço para crescimento, fortalece relações profissionais e pode até aumentar a motivação. Ele guia ajustes e confirma acertos no seu desenvolvimento profissional.
Como usar o feedback para crescer?
Registre o que recebeu, reflita com calma, filtre o que faz sentido e trace planos de ação claros. Não hesite em buscar novos feedbacks ao longo do tempo para perceber avanços. Com acompanhamento, humildade e coragem, o feedback vira combustível para evolução.